Guardas municipais vão virar zeladores na Penha
terça-feira, 3 de abril de 2012Os guardas municipais vão virar zeladores do Rio. Será publicado nesta terça-feira no Diário Oficial uma resolução conjunta das secretarias de Conservação e Especial de Ordem Pública que cria o Programa Integrado de Ordem e Conservação. O trabalho começa pela Unidade de Ordem Pública (UOP) da Tijuca, onde os guardas vão usar celulares para enviar fotos dos problemas encontrados nas ruas, como postes sem luz e buracos. Para isso foi criado um aplicativo especial e os guardas serão treinados para usá-lo. Até o fim deste ano o programa será levado para todas as regiões que têm UOP – além da Tijuca, Centro, Copacabana e Leblon já dispõem da unidade.
Segundo o secretário municipal de Conservação, Carlos Osório, a presença natural dos guardas em todas as regiões do município é uma vantagem para o trabalho.
– Além disso, para a Guarda Municipal, será uma oportunidade de se aproximar mais da população e afastar a imagem repressiva dos guardas – disse Osório.
Segundo o secretário, o projeto para integrar o trabalho da GM ao da Conservação foi estudado por seis meses. A Secretaria de Conservação vai concentrar os dados apurados pelos guardas. O esquema será assim: o GM vê o problema, avisa à secretaria e esta toma as providências.
– Com esta nova função, o Guarda passa a ter im perfil colaborativo, de solucionador de problemas. E para a Conservação, a vantagem é que passaremos a ter estes zeladores em toda esquina. Ganha a Seop e ganha a Conservação – disse Osório.
A ideia de espalhar zeladores pela cidade está em sua segunda tentativa. Há dois anos, o mesmo secretário Osório anunciava a criação do programa Zeladores da Cidade. Na ocasião, os guardiães da boa conservação eram 91 funcionários da Comlurb. Eles não tinham smartphones, mas tinham a missão de percorrer sete quilômetros diariamente anotando os problemas encontrados nas ruas.
A área de abrangência da primeira verão do programa era até maior que a atual, em sete bairros das zonas Norte e Sul: Tijuca, Irajá, Vila da Penha, Vista Alegre, Copacabana, Ipanema e bairro do Leblon. Osório explica que a primeira versão dos zeladores foi extinta porque, com a criação da central telefônica do 1746 – que concentra todos os serviços da prefeitura – a função dos zeladores “analógicos” perderam a funcionalidade. Com a versão digital, munidos de smartphones, acredita-se que a produtividade será melhor.
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