Comunidades da Penha e da Tijuca terão escadas rolantes
sexta-feira, 20 de abril de 2012O governador Sérgio Cabral disse ontem que comunidades do Rio de Janeiro ganharão escadas rolantes públicas como forma de melhorar o acesso e o deslocamento dos seus moradores. Ao conhecê-las na Comuna 13, em Medellín, ele afirmou que já existem projetos executivos em andamento para que o equipamento seja implantado no Rio.
“Vamos levar para o Rio esta experiência das escadas rolantes combinadas com mobilidade urbana. A nossa intenção é associá-las com intervenções que facilitem o ir e vir da população. Neste momento, nos dedicamos a concluir os estudos executivos, o que ocorrerá nos próximos meses”, disse Cabral.
O governador ressaltou que as escadas rolantes representam uma solução de mobilidade urbana barata e que o Rio tem uma vantagem frente a Medellín, uma vez que não precisará importar a tecnologia para fabricar os equipamentos.
“O Brasil é fabricante de escadas rolantes, já a Colômbia teve que importar a tecnologia do Japão. Aqui (em Medellín), o projeto inteiro custou US$ 23 milhões, contando com as intervenções urbanas. As escadas rolantes custaram apenas US$ 8 milhões, incluída a infraestrutura necessária para a instalação. É isso que buscamos. Vamos integrar este projeto a um pacote de mobilidade urbana nas UPPs para melhorar ainda mais a qualidade de vida da população. Vamos implantar na Rocinha, nos complexos da Penha e do bairro da Tijuca, na Mangueira e em outras comunidades”, afirmou o governador.
As escadas rolantes foram instaladas na região de Las Independencias, que fica na parte alta da comunidade e beneficia diretamente 12 mil pessoas. A Comuna 13 tem cerca de 135 mil habitantes e, durante muito tempo, ficou conhecida pela violência provocada por gangues locais.
Antes, os moradores da parte alta levavam mais de meia hora para chegar em suas casas. Agora, devido às escadas rolantes, que cobrem uma extensão de 384 metros, o percurso dura apenas cinco minutos.
No último compromisso da missão governamental, Cabral conheceu a estratégia de segurança de Medellín e como funciona o Centro Integrado de Intervenção (CI2). Inaugurado em 2010, o Centro é um espaço articulado de coordenação institucional no qual o Exército, a Polícia Nacional, o Instituto Colombiano de Bem-Estar Familiar (ICBF) e o Serviço Nacional de Aprendizagem (Sena) trabalham para combater o crime organizado e devolver os espaços públicos para os moradores da cidade.
Fonte: O Fluminense
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