Quatro são baleados em confronto entre bandidos e PMs de UPP no Complexo da Penha
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013Quatro pessoas foram vítimas de balas perdidas durante um confronto entre traficantes e policiais de duas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) do Complexo da Penha, Zona Norte do RJ, na noite desta quarta-feira. Uma guarnição da UPP do Parque Proletário chegou a ficar encurralada. Uma mulher permanece internada no Hospital Municipal Salgado Filho (HSF), no Méier. A PM afirma que os baleados foram atingidos por tiros disparados pelos bandidos. Não houve prisões nem apreensões.
Segundo um dos policiais que ficaram encurralados, o confronto com os marginais durou mais de 30 minutos. Uma guarnição composta por 10 PMs da UPP Parque Proletário, divididos em três grupos, iniciou a pé um patrulhamento de rotina na região, por volta das 21h45. Eles revistavam vielas e becos da comunidade quando na Rua Nove se defrontaram com um grupo de pelo menos dez de marginais armados. Os criminosos atacaram os militares que revidaram. O confronto teve início e se estendeu ainda pelas ruas Oito e Sete. Foi pedido reforço e PMs de outras bases do Complexo da Penha partiram em apoio aos colegas.
Os criminosos iniciaram a fuga em direção à Vila Cruzeiro e o confronto persisitiu com outras guarnições. Comparsas do bando em fuga também fizeram disparos do alto da comunidade em direção ao container base da UPP. Os criminosos conseguiram fugir. Posteriormente os baleados começaram a dar entrada no Hospital Estadual Getúlio Vargas (HGV), na Penha. Os PMs recolheram nas duas comunidades vários cápsulas deflagradas de munição para pistolas calibres 9 e 45mm, armamento que teria sido utilizado pelos bandidos. As pistolas usadas pela PM são de calibre 40.
Sônia José Alves, de 48 anos, e Luciane Beatriz Fabri, 39, baleadas na perna, e Ivanildo de Souza, 47, ferido de raspão no pescoço, tiveram alta. A primeira está com uma bala alojada na perna direita. Já Anair Rita, de 48 anos, foi transferida para o HSF. Ela foi baleada de raspão na cabeça, mas deixou o HGV lúcida. Parentes dos feridos estiveram no hospital, mas não quiseram dar declarações.
De acordo com o tenente Renan Lacerda, supervisor de oficial do Comando de Polícia Pacificadora (CPP), mesmo não tendo sido feita perícia pela Polícia Civil, os quatro baleados estavam na parte baixa da Vila Cruzeiro, onde os PMs foram atacados a tiros pelos marginais. Segundo ele, pela trajetória dos disparos isso comprovaria que as vítimas foram atingidas por tiros efetuados pelos traficantes.
Ainda segundo o ofical da PM, não houve necessidade de pedido de apoio ao Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) ou ao Batalhão de Choque (BPChoque) da corporação. O policiamento está reforçado na região do Complexo da Penha na madrugada desta quinta-feira.
UPPs foram inauguradas ha menos de um ano
As UPPs do Parque Proletário e da Vila Cruzeiro foram inauguradas no dia 28 de agosto do ano passado. Três meses depois, bandidos dispararam contra uma viatura da PM, na localidade do Grotão, e o container que serve como base da unidade. Não houve feridos.
A ação teria sido uma represália a morte de um traficante, ocorrida no mesmo dia na Favela Nova Brasília, no Complexo do Alemão, vizinho ao Complexo da Penha. Apesar da informação de moradores e de alguns policiais, na época a CPP negou ter havido um atentado contra os PMs da UPP.
Tiroteio no Morro da Pedreira
Também na noite de quarta-feira, policiais do 41º BPM (Irajá) trocam tiros com bandidos do Morro da Pedreira, em Costa Barris, na Zona Norte. Segundo a polícia, traficantes fizeram disparos contra uma patrulha que estava nas proximidades da comunidade. Os PMs pediram auxílio e pelo menos outras cinco patrulhas foram em reforço. Houve troca de tiros e os bandidos fugiram para o alto do morro. Ninguém ficou ferido e não houve presos.
Fonte: O Dia On Line